Adepará cancela registros de fazendas ilegais na Terra Indígena Apyterewa após recomendação do MPF

  • 31/10/2024
(Foto: Reprodução)
Recomendação foi feita em outubro de 2023 e cumprida, parcialmente, apenas em 22 de outubro de 2024. Foram desativados os cadastros de 130 fazendas. Terra Indígena (TI) Apyterewa, localizada em São Félix do Xingu, no sudeste do Pará. Divulgação/Adepará A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) cancelou os registros de 130 fazendas ilegais na Terra Indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu, no sudeste do Pará. O cancelamento atende um pedido do Ministério Público Federal (MPF) feito há um ano. A informação sobre o cancelamento foi encaminhada pela Adepará ao MPF no dia 22 de outubro e divulgada nesta quinta-feira (31). O g1 solicitou um posicionamento à Adepará sobre o assunto e aguarda retorno. Para o MPF, ao viabilizar a emissão desse tipo de documento, o Estado do Pará “fomenta o desmatamento, a grilagem de terras públicas e a pecuária irregular na região”. 📲 Acesse o canal do g1 Pará no WhatsApp A recomendação A recomendação foi enviada pelo MPF à agência em outubro de 2023, indicando a necessidade da desativação do cadastro de 177 áreas. Porém, a Adepará no início de 2024, a Adepará não cumpriu a recomendação alegando que o cancelamento dos registros poderia gerar risco sanitário ao rebanho paraense. Diante disso, o MPF solicitou à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) que informasse em quais desses imóveis rurais ilegais ainda havia cabeças de gado. O pedido do MPF à Funai considerou que uma grande quantidade de bovinos foi retirada da TI durante a operação de retirada de intrusos – que vem sendo realizada há um ano. Só em outubro de 2024 a Adepará atendeu a medida, porém cumprindo parcialmente. O MPF disse que segue “cobrando o cancelamento dos registros das 47 fazendas ilegais restantes”. Boi Pirata A recomendação enviada à Adepará fez parte de um conjunto de medidas do relatório “Boi Pirata: a pecuária ilegal na Terra Indígena Apyterewa”, elaborado pelo MPF. No total, os dados do relatório Boi Pirata deram origem a 85 processos ajuizados pelo MPF contra responsáveis pela venda irregular de quase 50 mil cabeças de gado na TI Apyterewa. Ao todo, o MPF requer mais de R$ 115 milhões em indenizações para a recuperação da área e a proteção da etnia Parakanã, que habita o local. De acordo com o Centro de Monitoramento Remoto da Funai, a região da TI Apyterewa foi a área de floresta amazônica mais desmatada entre os anos de 2019 e 2022. Após a desintrusão, o desmatamento na Apyterewa caiu 97% no primeiro semestre de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado. VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará Confira outras notícias do estado no g1 PA

FONTE: https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2024/10/31/adepara-cancela-registros-de-fazendas-ilegais-na-terra-indigena-apyterewa-apos-recomendacao-do-mpf.ghtml


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